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Arquitetos: Faye + Walker
- Área: 253 ft²
- Ano: 2019
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Fotografias:Leonid Furmansky
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Fabricantes: Strap Works
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Fortlandia é um evento anual ao ar livre, onde dez arquitetos e arquitetas são convidados à projetar e construir a sua própria versão de “fotaleza”. O festival deste ano, que contou com a participação tanto de arquitetos, quanto de designers e artistas locais e foi realizado no Arboreto Mollie Steves Zachry ao lado do Centro de Flores Silvestres de Lady Bird Johnson na cidade de Austin, Texas. O principal objetivo do Fortlandia é engajar as comunidades locais e promover uma visão alternativa à respeito do tema, criando estruturas lúdicas que possam inspirar às crianças em suas brincadeiras e promover a arte e a cultura no contexto local.
Para o projeto do Pavilhão Color Trail buscamos inspiração na ordem inerente à natureza. Por trás de suas formas orgânicas e singelas, escondem-se estruturas extremamente programáticas e complexas. As flores silvestres por exemplo, dissimulam através da exuberância de suas cores e perfumes, uma série de dados precisos e regras sistemáticas, desde o números e os padrões de desenhos em suas pétalas até a maneira como se propagam de forma aparentemente livre pelos campos e colinas. Estes campos floridos e coloridos representam a paisagem típica do Texas Hill Country, onde o Pavilhão Color Trail foi implantado. A estrutura do pavilhão procura inverter a lógica desse conceito, atrás de um esqueleto exterior rígido e regular, oculta-se um interior altamente complexo e multicolorido. Seus planos permeáveis se cruzam a todo momento, misturando o azul e o vermelho de duas flores símbolo do Texas, a Bluebonnet e a Indian Paintbrush, e não por acaso as duas flores preferidas de Lady Bird Johnson.
O Pavilhão é composto por uma estrutura rígida de perfis de aço de 1 1/2”, com dezoito metros de comprimento e 1,80 metros de largura e altura. Ao longo deste exoesqueleto metálico, dois planos coloridos de fitas de poliester de duas polegadas se cruzam e se atravessam criando uma série de pequenos espaços e túneis que inspiram a criatividade das crianças.
Nossa intenção principal era instigar a curiosidade dos visitantes para que eles se sentissem compelidos a experimentar e explorar esta paisagem de superfícies e cores. É possível acessar o pavilhão através das duas extremidades. Uma vez no interior, experimentos um leve movimento sob os nossos pés, uma sensação de balanço que desafia o nosso equilibro, ao mesmo tempo que a luz permeia o espaço atravessando o pavilhão pelas frestas que nosso peso provoca no ceder das fitas que estruturam os planos do pavilhão. Interrupções na continuidade dos planos criam uma série de aberturas nos planos vertical e horizontal, permitindo que os visitantes possam inventar novas rotas e percursos a todo momento, desafiando-se a encontrar novas saídas, superando os seus próprios limites.